a versão do caos sobre a serenidade
é certeza tranquila de fúria e fogos
a versão da árvore sobre o machado
é certa a paz do fim do ciclo
contra o prenúncio de eterno retorno
a versão do rato de Skinner
é um deus que o usa para fins
sacros
sagrado
como tudo o que
de tão profano e intangível
torna Rosana na alturas
além
do âmago:
o vômito
a versão de Mallarmé
para bailarina que não dança
da mulher que não tem corpo
é o inverso do verso da poesia
é tanto contrário
tanto sem medida
(em si, já, é absurdo!)
a versão do inverso do avesso
de dentro da casca, da seiva, do caule
é entregar à luz um novo membro
é o sangue que jorra ao mundo
não é o corte ruim,
mas o único meio de dar à terra
o todo
eternamente
a mulher sem corpo em si é o maior dos absurdos chegando a parecer-se com o próprio fim do universo (que é o começo)
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