8.3.14

frágil [2]

o grito calado pelo beijo
o olhar (des)encontrado
tua mão no meu shimi
a pele rasgada do derbak
os pés que não acham o solo
o sufoco do ar
a pressão do ventre

o susto, num átimo, do encontro entre
olhos
bocas
línguas
corpos
almas
desesperos.

e a mão fluida entre seus cabelos
enroscam nas notas enquanto toca
pele
corda
minha perna responde cega
entre azuis e hibisco
como marionete
ao sorriso tímido entre
tum tá tssss -
aaaaaaaaah
pleno toque surdo
reto e recomeça

e quebra ao ziguezaguear de quadris
como partida ao meio
simétricas espelhadas
minhas partes se desencontram
e se liquefazem
passeiam pela acústica do ud
da rabeca
entram pela lingueta do sopro
e se esvaem no contra-tempo esperado
on
    du
lan
    do

e, de repente,




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