Eu, que sou um fruto ignorante das telenovelas,
vomitada de um poço seco das entranhas da minha terra,
despercebida, retorço a minha arte, me desentendendo
sei que só postumamente brilharei nas passarelas
------------------------ do arrependimento humano,
Eu, retorcida num saco de estrume, viajarei,
dentro de navios negreiros, e de belos cruzeiros,
serei aplaudida por magnatas, por críticos, por bixas como eu
------------------------ inrrustidas em sua vergonha alheia.
Eu, que e revelei a autenticamente nua.
Que me descobri unicamente podre.
Que aguentei chacotas, que gargalhei junto aos molestadores.
Que bebi do vinho e da chanpagne de um coquetel artístico barato
que expunha ensaios fotográficos das índias tapanaiés,
em suas lindas ausências de trajes
-------------------------- a última moda!
Eu, que vomitei no fim da festa, que voltei pra pensão desamparada,
que me arrependi e voltei a me arrepender no dia seguinte,
Que solucei sem ter lágrimas, que clamei desgosto pelo mundo!
Eu, que não aguento ouvir minha própria voz, que fujo dos fantasmas do meu silêncio.
Eu, que sempre precisei de atenção,
Eu, que sempre fui e sempre acabarei sendo
a alegria da festa.
Nos entulhos suburbanos da babilópole em ascenção rumo ao nada,
resgato, reciclo e reutilizo a luneta da GaGa!
Ela que me dá o olhar de um capitão, e o turbilhão de mil pensamentos,
a percepção de quem vê por baixo: por de baixo das saias!
Senhor@s, em breve o mais no blog: A LUNETA DA GAGA!
http://lunetadagaga.blogspot.com.br/
o eu-lírico mais complexo de todos, de uma fluência inatingível por alguém que não possua fé.
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