revolto e solto:
f l u t u a
estranhamente ao corpo inerte
a alma se atira e bebe
todo o éter a sua frente
d e m e n t e
passa perna toque intenso
tira os braços gira tempo
torce as costas olhos nus
peito aberto a mão conduz
e para.
um
ú n i c o
avança balança
pende insólito gentil
quente lânguido febril
a cruzar dedos em carmim
cabelos presos aos pássaros
gesto e som e cheiro e luz
magníficos
m a g n í f i c o s
rasteja peleja e grita
a voz que não cabe na garganta
sente encolhe vibra pulsa
foge
corre
escorre
sofre
a procura da boca
de uma
de um
só
Gardel.
quando o corpo procura forma se perde nas possibilidades de ser o mais simples: apenas escorpião-ourobouros
ResponderExcluir