19.10.11

Desse Pensamento (e ainda tem coisa hein...)

Em qualquer encontro quem dirá? O que foi? O que foi? Sempre perguntando xs apaixonadxs, que já esperando um: - O que foi oque? nada ué! O que foi?!? - resposta já manjada dx outrx apaixonadx. Não se explica os olhos se cruzando no metrô, até que chegue a estação em que erra o piloto ao anunciar se retificando, era linha azul e o cara citou logo a linha vermelha, sorrimos, será que era mesmo aqui que iriamos descer pra encontrar um canteiro e eu te tocar uma música no violão, lógico tudo errado, mas a música é minha e eu toco como quero, não sei cantar mas é pra você essa outra canção, sim já fiz músicas pra outras pessoas, mas é dessa que eu estou falando não mude de assunto. Agora como faço pra dizer pros seus pais? e pros meus devo dizer algo? Porque a gente não aluga um mutuca lá no quinto dos infernos e manda tudo pra puta que o pariu?! Como eu te mando sms à cobrar? e se eu estiver sem celular, procuro aquele lance da internet pra dizer boa noite e pedir um bocado de coisas nessas entrelinhas. E agora to correndo aí porque quero um abraço, não sou emo sou romântico será que você não entende? é muito ? Vamos lá nós dois mendigar atenção um do outro, vamos lá outra vez entrar no cinema, mão no joelho, antebraço no pescoço, seu cabelo tá embaraçado na minha mão e agora? Sobre o que era o filme mesmo? Exposição de qualquer pintor que eu nunca ouvi falar mas que você sempre disse e eu nunca pesquisei até você me convidar, até achei legal, mas prestei muito mais atenção em como você analisava tudo aquilo. Vamos tirar fotos no centro de são paulo, se chover rola um efeito legal, quis sugerir um foco, você já tava ali fazendo antes de eu sugerir. Ouve esse som, lembro muito de você quando ouço, parece tanto com a gente... Ah é porque? ah sei lá olha só essa parte, volta voltaaaaa. Ah nem curto muito esse tipo de voz. Poxa pausa esse filme e vamos transar, odeio filme desse tipo, que tipo ? acabou a camisinha? foda-se! qual vai ser o nome? ah eu penso em alguma coisa a ver com a natureza, ou indigena, ah eu já gosto mais de nomes franceses. Vamos comprar pão to com fome! Fazer miojo ou velas, escrever um texto ou pintar uma camiseta... vai ter tanta coisa assim no ar, fluindo fluindo numa criatividade infinita de qualquer coisa que a gente sabe o porquê mas não admite que é: exemplo,patinetes,férias, outono.

16.10.11

sobre os (des)encontros

afinal a vida é feita de encontros, mesmo que haja tanto desencontro.

encontrar e perceber o encontro é, demasiadamente, duma naturalidade quase imperceptível.
O tato, o sentir do outro tão próximo, quando há encontro, é tão sutil e tão perfeito que não há consciência da grandeza do momento
como um quebra-cabeças montado
por uma criança que procurou cada peça em meio ao tapete da sala
jogadas
despedaçadas
e
de repente
eis que surge
o entrelaçar de peças
e está feito.

O indício do encontro é o sorriso
não o sorriso que aprende sorrir
mas o sorriso d'alma
que flui, que escapa, que pula
pelos olhos, pela boca, pelas mãos, pelos joelhos
e conecta-se a outro
magnéticos
epiléticos
cinéticos
ou
silenciosos.

e entre tantos encontros cortados
abraços partidos
há esses que nunca pude sorrir
outros que nunca pude encontrar
e o Maior
o encontro que nasce com hora marcada
o intimo exposto sem pudor
sem espelhos
pelas entranhas
este Grande
o encontro que preenche a metade
que desenha o óbvio de si
encontro de mim com o Eu
tenho certeza:
nunca acontecerá.