16.4.14

Um guia de visitação aos países gelados (Uma história de gelo e neve)


Nos últimos três anos, o Prof. Dr. Gerald Hyoglifido esteve em uma longa expedição aos países gelados do Atlântico Norte, onde entrou em contato com diversas culturas predominantes na região e, apesar de ter passado e viajado por diversos lugares, focou seu estudos em dois países locais: O país da neve e o país do gelo, em caráter extraordinário estão aqui trechos de seus relatos.

Expedição ao país da neve
(Prof. Dr. Gerald Hyoglifido)

 

Hoje, dia 24 de abril de 1953, eu, Gerald Hyoglifido, estou há três dias no país da neve.
O povo parece amistoso e interessante, logo quando cheguei fui abordado por dois nativos que me receberam calorosamente e me levaram para minhas acomodações. Um lugar simples e encantador.
 No meu segundo dia fui convidado para uma festa local no bar do centro da capital, instalações muito agradáveis e recepção gentil, sentei-me a uma mesa e comecei a conversar com algumas pessoas e, curiosamente, uma das coisas que eu notei é que todos iam ao banheiro com muita frequencia, creio que o consumo de diuréticos seja constante. Voltei para minhas instalações no meio da noite e acordei relativamente cedo hoje, para meu espanto, notei que muitos ainda estavam festejando no local.

Dia 30 de julho de 1953.
Faz três meses que estou aqui e a festa para qual fui quando cheguei ainda não acabou, algumas pessoas ainda estão lá.

Dia 21 de agosto de 1953.
Os nativos aqui são realmente festivos. Não me lembro de ter visto alguém dormindo por aqui, o que é deveras curioso, pois meu sono mantém-se normal. Aliás é ótimo poder compartilhar de uma festa ao acordar, voltar aos meus afazeres e voltar a esse clima festivo.

Dia 17 de setembro de 1953.
 Não aguento mais essas pessoas de ritmo acelerado, vou embora daqui o quanto antes.


Expedição ao país do gelo (ou país gelão)

 Dia 5 de janeiro de 1954.
 Depois de perambular pelas regiões gelados, resolvi chegar ao país do gelo, ou país gelão, como os nativos gostam de se referir. Desta vez não foi recebido por ninguém, mas conseguir me orientar facilmente. cheguei às minhas acomodações e fui recebido por Bertha, ou Big Bertha (Bertão) como prefere ser chamada, uma mulher de aproximadamente 40 anos e muito simpática, apesar de não ter delicadeza alguma.

Dia 29 de janeiro de 1954.
 Os hábitos daqui são muito interessantes, como o gelo é intenso, as pessoas tendem a dormir juntas, creio que seja por causa do frio incessante.

 Dia 5 de fevereiro de 1954
 A divisão do trabalho é muito interessante, como é um país com forte tráfego de produtos, a população de caminhoneiros é gigantesca, cerca de 80% das pessoas trabalham no ramo, sendo 70% homens e 75% mulheres e todos são divertidíssimos, porém bebem um pouco além da conta e gostam de fazer desafios de quem bebe mais, confesso que pedi arrego na minha vigésima dose de vodca.

Dia 20 de março de 1954
 Cerca de 90% da população aqui fuma. Como existem muitos caminhoneiros, muitos fumam cigarros paraguaios, que são mais baratos e chegam em carregamentos trazidos para consumo próprio. Curiosamente estou fumando cerca de três maços ao dia.

Dia 5 de abril de 1954
 Creio que tenha contraído algum tipo de doença pulmonar e também cirrose, talvez seja a hora de partir daqui e largar alguns hábitos que contraí aqui.